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Câmara de Maringá rejeita projeto da Rota da Diversidade para o público LGBTQIA+

Quase três anos depois de ter rejeitado a criação do Conselho Municipal de políticas públicas para a população LGBTQIA+, a Câmara dos Vereadores de Maringá votou novamente contra um projeto que previa a inclusão deste público, o que criaria a Rota da Diversidade, de autoria da vereadora Professora Ana Lúcia (PDT).

O projeto previa a formação de uma rede de estabelecimentos comerciais amigos e apoiadores da comunidade LGBTQIA+, porém, em primeira discussão, o projeto foi rejeitado por 10 votos a 4, sinalizando que também não terá aprovação em segunda discussão.

Apenas votaram a favor os vereadores Doutor Manoel (PL), Mário Verri (PT) e Adriano Bacurau (Rede), além da autora do projeto. Médico há mais de 40 anos, Doutor Manoel é autor da Lei Maringaense de Combate à Homofobia, aprovada em 2010. Em 2021, foi favorável à criação do Conselho Municipal de políticas públicas para a população LGBTQIA+ e, na sessão desta quinta-feira, 8, foi até a tribuna defender o projeto que criaria a Rota da Diversidade.

Doutor Manoel diz que é lamentável que uma cidade como Maringá, considerada uma das melhores do Brasil, deixe de seguir tendências que fazem sucesso em grandes cidades do Brasil e de outros países, que criaram a Rota da Diversidade ao lado de outras importantes rotas que ajudam a incrementar o turismo e a atividade comercial.

rota da diversidade
O vereador mais idoso da Câmara de Maringá, Doutor Manoel vota com a modernidade e contra qualquer forma de preconceito Foto: Marinhos Oliveira/CMM

Em Brasília, por exemplo, a Rota da Diversidade recebe divulgação semelhante à da Rota da Paz, um passeio pelo templos, mosteiros e outros espaços de fé e misticismo. Há também a Rota da Diversão, Rota sobre Rodas, Rota Arquitetônica, Rota Cultural.

“É uma pena que a gente ainda precise discutir direitos básicos. Mas, enquanto houver preconceito, eu estarei nesta luta”, afirma o vereador.

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