Um bebê morreu após complicações no parto em Eirunepé, no interior do Amazonas, e a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do médico responsável, identificado como Humberto Fuertes Estrada, de nacionalidade boliviana. Segundo imagens de segurança, ele esteve em um bar da cidade entre 23h e cerca de 2h, mesmo escalado para o plantão no Hospital Municipal Vinícius Conrado.
A gestante, de 17 anos, deu entrada no hospital por volta de 4h necessitando de cirurgia de urgência. O médico não foi encontrado na unidade e só apareceu por volta de 9h. O bebê não resistiu.
O pai da criança afirma que o profissional chegou com cheiro de cerveja e comportamento alterado. Ele relata que a adolescente se sentiu desconfortável com frases ditas pelo médico e que enfermeiros também perceberam odor de álcool. A escala confirma que Fuertes estava de plantão no dia 21.
Após depor na delegacia de Eirunepé, o médico deixou o município. Documentos indicam deslocamento para Envira e, depois, para o Acre, com suspeita de saída do país rumo à Bolívia. O delegado responsável disse que a conduta após o fato reforçou o pedido de prisão, apontando risco de fuga pela dupla nacionalidade.
A Polícia Civil informou que solicitará apoio da Polícia Federal e da Interpol para localizá-lo caso a saída do país se confirme. A Justiça decretou a prisão preventiva para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas informou que o caso foi encaminhado à Corregedoria de Sindicâncias para análise. A defesa do médico não foi localizada até a última atualização.
A família da adolescente pede respostas e afirma acreditar na responsabilização.
Com informações de G1.
