A Secretaria Municipal de Saúde de Maringá confirmou, nesta quinta-feira (29), a sexta morte por dengue registrada na cidade em 2025. A vítima, um homem de 65 anos com comorbidades, faleceu em 8 de abril. No mesmo contexto de alerta, a Prefeitura realizou nesta sexta-feira (30) uma operação de limpeza em uma residência com acúmulo de lixo no Parque das Grevíleas — apontada como potencial foco de proliferação do mosquito Aedes aegypti.
A casa, alvo de denúncias por parte de moradores da região, pertence a um acumulador reincidente, que foi conduzido à delegacia por ordem do secretário municipal de Segurança, Luiz Alves. A operação envolveu servidores das secretarias de Saúde, Infraestrutura, Segurança e da Guarda Municipal. Foram utilizados ao menos dois caminhões para retirada de grandes volumes de materiais que favoreciam a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“Esse tipo de situação é mais comum do que se imagina e representa um risco iminente para toda a cidade. O morador é reincidente, e, infelizmente, há outros casos semelhantes. Todo recipiente que acumula água pode se transformar em criadouro do Aedes”, alertou o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
Além da remoção de resíduos, os agentes realizaram a chamada destruição focal com borrifação no entorno do imóvel, como forma de proteger a saúde da vizinhança.
Situação epidemiológica
De acordo com o último boletim, Maringá soma 3.313 casos confirmados de dengue neste ano, com seis mortes registradas e outros cinco óbitos em investigação. A prefeitura alerta que o controle da doença depende de ações conjuntas entre poder público e população.
“O ciclo do mosquito é de sete dias. Se cada morador cuidar de seu quintal e denunciar focos pelo telefone 156, podemos reverter esse cenário rapidamente. A dengue se combate todos os dias, e é responsabilidade de todos nós”, reforçou Nardi.
A prefeitura informou que seguirá intensificando operações em imóveis denunciados por acúmulo de entulhos, com apoio das forças de segurança e assistência social. “Essas pessoas também precisam de tratamento, porque muitas vezes são vítimas de transtornos. Mas, acima de tudo, precisamos agir para preservar vidas”, finalizou o secretário.