Trecho do Rio Xingu, que corta as regiões Centro-Oeste e Norte do país, está em situação de escassez de recursos hídricos. O cenário atinge ainda seu afluente federal, o Rio Iriri. A medida foi aprovada em resolução da ANA, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, nesta segunda-feira (30).
A Declaração de Situação Crítica de Escassez no Xingu vale até o dia 30 de novembro deste ano. Com isso, a Agência quer aumentar a segurança hídrica da região e diminuir os impactos dos baixos níveis nas atividades que fazem uso da água do rio.
Segundo a ANA, o nível de chuvas acumuladas na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, de outubro de 2023 a setembro deste ano, ficou abaixo da média. E essa tendência continua no atual período seco. O trecho de Altamira foi um dos mais afetados, registrando níveis mínimos para essa época do ano.
A preocupação recai, principalmente, sobre o complexo hidrelétrico de Belo Monte, instalado no Rio Xingu, no Pará. A ANA informou que, atualmente, as vazões observadas estão em níveis inferiores à da referência utilizada pela Agência para definição de disponibilidade hídrica.
Essa já é a quarta declaração de escassez hídrica emitida este ano pela Agência. Em maio, o Rio Paraguai enfrentou escassez de recursos, com níveis d’água entre os mínimos históricos.
Em julho, o Rio Madeira, o Rio Purus e seus afluentes, Rio Acre e Rio Laco também tiveram declarada situação crítica de recursos hídricos. Na semana passada, foi a vez de trecho do Rio Tapajós, no Pará, também registrar o mesmo cenário.
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