O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou quatro suspeitos pelo homicídio de Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, morto após ser agredido e perseguido por funcionários de um supermercado em Curitiba, no último dia 19 de junho. A denúncia inclui acusações de homicídio qualificado por motivo fútil, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo as investigações, a vítima furtou um chocolate e um chiclete em uma unidade do supermercado Muffato, localizado no bairro Portão. Depois de ser abordado por seguranças, o jovem foi perseguido e agredido com socos, chutes e uma chave mata-leão. As agressões, segundo a denúncia, ocorreram em um momento de superioridade numérica dos acusados, com a vítima amarrada e sem possibilidade de defesa.
Os quatro denunciados são Antônio Cesar Bonfim Barros, segurança do supermercado; Bryan Gustavo Teixeira, segurança terceirizado; Luiz Roberto Costa Barbosa, funcionário do setor de frutas e legumes; e Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo, motociclista. Antônio e Luiz Roberto estão foragidos, enquanto Bryan e Henrique estão presos preventivamente.
O MP-PR afirmou que o homicídio foi cometido com uma motivação desproporcional ao furto cometido pela vítima. O promotor de Justiça, Marcelo Balzer Correia, destacou que o crime foi perpetrado com extrema crueldade, pois, além das agressões físicas, o crime envolveu a amarração da vítima com um cinto e a execução do ataque de forma contínua e dolorosa.
A família da vítima também foi ouvida e solicitou uma indenização no valor de R$ 100 mil, a ser paga pelos acusados, caso condenados. A defesa de Henrique afirmou que ele foi “induzido a colaborar” na ação, acreditando que se tratava de uma ação legítima de segurança, enquanto a defesa de Bryan aguarda o laudo pericial.
A Polícia Civil, com o auxílio de câmeras de segurança e depoimentos, concluiu que os acusados agiram em conjunto, sem prestar socorro à vítima. Após ser agredido, Rodrigo foi levado até uma calçada, onde o corpo foi encontrado posteriormente pelo Corpo de Bombeiros, que confirmou sua morte.
O Super Muffato, onde ocorreu o crime, manifestou sua solidariedade à família da vítima e se comprometeu a colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos.
Com informações de G1.
