Segundo o Washington Post, o presidente Donald Trump assinou na semana passada um documento confidencial que autoriza “ações agressivas” da CIA contra o governo da Venezuela. O texto não ordena explicitamente a derrubada de Nicolás Maduro, mas permite medidas que, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal, podem levar a esse resultado. A iniciativa integra a ofensiva dos EUA no Caribe sob o argumento de combate ao narcotráfico.
Até aqui, a operação marítima envolveu navios de guerra e caças, com sete embarcações alvejadas e 32 mortes relatadas pelos EUA. Washington não detalhou a quantidade de drogas apreendidas nem as evidências específicas contra os alvos. O governo venezuelano acusa os Estados Unidos de tentarem invadir o país e derrubar o regime.
O plano prevê, numa etapa inicial, ataques em terra contra acampamentos de traficantes e pistas clandestinas na selva, sem ação direta imediata para destituir o governo. Interlocutores afirmam que a estratégia inclui pressão contínua sobre o território venezuelano, com efeitos psicológicos e de deslocamento de tropas.
Outra linha apontada pela reportagem é que o foco no Caribe levanta dúvidas sobre o objetivo real da operação, já que grande parte das drogas que entram nos EUA viria por rotas do Pacífico ou via México. Na quarta (22), os EUA bombardearam um barco no Pacífico pela primeira vez desde o início da ofensiva.
Em declarações recentes, Trump disse que pretende “deter por terra os traficantes” e, questionado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar Maduro, preferiu não responder. A imprensa norte-americana vem noticiando desde setembro estudos de cenário para ações militares com alvos ligados a cartéis, enquanto a CIA foi autorizada a conduzir operações secretas que podem ampliar a pressão sobre Caracas.
Com informações de G1.















