O Tribunal de Contas da União (TCU) entregou, em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, um balanço parcial que indica o desperdício de R$ 54,7 bilhões de recursos públicos, pagos indevidamente como auxílio emergencial.
O benefício, pago entre o ano passado e este ano a pessoas em situação de vulnerabilidade, alcançou milhares de trabalhadores sem renda formal. No entanto, muitas pessoas sacaram o auxílio sem estar dentro dos critérios de elegibilidade, como servidores públicos (civis e militares) e beneficiários da Previdência Social.
O secretário de Controle Externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social, João Ricardo Pereira disse que “de certa forma, isso já era esperado”. Segundo ele, um dos motivos para o alto índice de fraudes foi a aferição dos critérios de elegibilidade para recebimento apenas no pagamento da primeira parcela, sem mais verificações nas demais etapas.