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Justiça irá indenizar homem que ficou 17 anos preso de forma injusta

Imagem: Folhape.com

A Justiça condenou na última terça-feira (28) o Estado a pagar uma indenização no valor de R$ 2 milhões ao artista plástico Eugênio Fiúza de Queiroz, que ficou preso por 17 anos injustamente, acusado de estupro. A vítima foi presa no lugar do criminoso conhecido como “maníaco do Anchieta” no ano de 1995 em Belo Horizonte, e durante os 17 anos que esteve preso injustamente passou por uma sério de torturas e traumas, além de ter sido torturado para confessar os crimes que não cometeu.

Durante as rebeliões que presenciou na cadeia, Eugênio relatou que o único sentimento que tinha era o de medo de perder a vida, pois havia o estigma sobre ele de que era estuprador, a falha da justiça além de causar danos irreversíveis a carreira e a vida da vítima também resultou o afastamento da maioria dos familiares e também de seu filho. Eugênio era artista plástico e como não podia mais pintar na prisão, pois é proibido a entrada de tinta, passava o tempo fazendo tapetes.

Marta Juliana Marques Rosálio Ferraz, uma das defensoras públicas que atuou no caso de Eugênio, relembrou diversos sofrimentos pelo qual ele passou no cárcere como, por exemplo, o episódio de que quando chegou na prisão teve seu corpo raspado com uma lâmina de barbear pelos presos, ficando muito ferido.

O valor, em relação à primeira instância, caiu em R$ 1 milhão, após recursos do Estado. Atendido pela Defensoria Pública de Minas Gerais, Eugênio também conseguiu garantir a manutenção dos cinco salários mínimos mensais que vinha recebendo.