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Conselho de Medicina apura casos de uso em massa do “Kit Covid”

FOTO: Eduardo Matysiak

Drogas como a hidroxocloroquina e invermectina são defendidas como métodos eficazes de cura ao COVID-19 pelo presidente Jair Bolsonaro, estudos clínicos e inclusive a OMS já apontaram que não existe comprovação científica da eficácia desses medicamentos contra o corona, inclusive há dados que mostram que são mais prejudiciais do que auxiliares, sendo que a própria “empresa” produtora da INVERMECTINA já se pronunciou dizendo que seu medicamento não tem qualquer relação com o uso de tratamento para o COVID-19. Embora esses medicamentos possuam o aval do Conselho Federal de Medicina (CFM) para serem prescritos, alegando o argumento da autonomia médica, os profissionais podem ser punidos se divulgarem as drogas como garantia de cura ou se o tratamento causar efeitos colaterais aos pacientes.

A realidade é que quatro conselhos regionais de Medicina (CRMs) já investigam casos do tipo, segundo levantamento feito pelo Estadão com os 27 conselhos, que são os órgãos responsáveis por fiscalizar o exercício da profissão nos Estados.

No Rio Grande do Sul, ao menos quatro dos casos investigados tornaram-se públicos, dois referem-se a médicos que usaram a nebulização com cloroquina. Os episódios ocorreram nos municípios de Camaquã e Alecrim. Um terceiro caso é de um profissional de São Gabriel que divulgou vídeo no qual apresentava a droga flutamida, normalmente receitada para o tratamento do câncer de próstata, como cura da covid. O quarto procedimento também investiga um médico que vem publicando em suas redes sociais supostos protocolos de “tratamento precoce”.

Fonte: Banda B